(Imagem Google)
Meu Medo
(Memórias de Um Coração Solitário)
Não tenho medo de envelhecer,
mas, sim, de viver da compaixão
de um bondoso coração, ou morrer
no asilo frio da imensa solidão.
Não tenho medo de envelhecer,
mas, sim, de ter os sonhos frustrados,
ver que a vida passou sem eu perceber
e viver, inevitavelmente, do passado.
Não tenho medo de envelhecer,
mas, sim, de perder as esperanças,
voltar a ser criança e adormecer
no vazio das minhas lembranças.
Não tenho medo de envelhecer,
mas, sim, de perder minha identidade,
de correr o risco de tudo esquecer
e apagar da minha vida a melhor parte.
Não tenho medo de envelhecer
mas, sim, de adoecer do grande mal,
minhas poesias não poder mais escrever
e aos olhos do mundo, não ser normal.
Não tenho medo de envelhecer
mas, sim, de me esquecer de você
quando o sentido da vida se perder
e da hora derradeira eu ficar a mercê.
Mal de Alzheimer
É muito triste ver uma pessoa que gostamos, assim, tão fragilizada, tão alheio a tudo e sem nenhuma chance de cura.
A Doença de Alzheimer (DA) é silenciosa e progressiva. As conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, eventualmente destruindo a memória e outras funções mentais importantes.
A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado.
Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
Perda de memória e confusão são os principais sintomas.
Não existe cura, mas os medicamentos e as estratégias de controle podem melhorar os sintomas temporariamente.